Criações

No final do curso inicial, muitas alunas descobrem novas habilidades e a capacidade de se expressar como antes não imaginavam...
Para nos inspirar, algumas criações:


Poesia – apresentação do último módulo de encerramento do curso

O DESPERTAR DO FEMININO
Desatando os nós
Desfazendo as amarras
Soltando os pesos
Liberando as dependências
Curando as feridas
Transmutando as mágoas
Apagando as marcas
Para que assim sobre espaço
Para o fluxo incessante de bênçãos
Que inunda a minha vida.

Mudando a sintonia
Elevando a vibração
Me abrindo para a alegria
Saboreando a paz
Vivenciando o amor
Sem carências ou culpas
Sem dilemas que não mais existem.

Estou morrendo para o passado
E confio no futuro
Eu me entrego ao meu destino
Vivencio a minha essência
Desperto de um sono profundo
Expando minha consciência
Mergulho em meu interior
Atravesso as fronteiras do ego
E reconheço o plano Divino
Que rege a minha existência.

Aceito, com gratidão e pureza,
A minha transformação
E abraço esta nobre missão:
Ser uma sacerdotisa da Grande Mãe,
Uma fada de cura e de luz.

A cada manhã me comprometo,
Consciente,
A honrar a minha própria natureza:
Forte, destemida e ativa,
Gentil, sorridente e feminina.
Finalmente entendi que ternura também é força,
E que na alegria pode haver seriedade.

Meu coração hoje está em festa:
Vivo em abundância e plenitude,
Sou co-criadora da realidade que me cerca,
Presença divina manifestada aqui na Terra.
Vejo com os olhos do amor,
Irradio a luz que habita em mim,
E faço brilhar o meu sol interior.
Thais Rangel
thais.nobrega@agu.gov.br

Mulher virtuosa


Mulher virtuosa quem a achará? O seu valor muito excede ao de rubis
Sua bondade a faz notável e por todos é louvada.
Ela é como a árvore plantada junto às aguas que frutifica, acolhe, abrigaalimenta. Suas folhas jamais se secam e tudo quanto faz prospera.
Mulher virtuosa quem a achará?
Cinge seus lombos de força, e fortalece os seus braços.
Não teme a adversidade, não murmura e jamais retrocede.
Com seu talento e formosura inspira a todos ao seu redor.
Ah! Mulher virtuosa quem a achará?
Cedo levanta e sua mais pura dança oferece ao criador
Com movimentos fluidos e propósitos elevados se enche da luz divina para que durante todo seu dia ela possa resplandecer.
Como co-autora de sua vida, pinta no rosto sua intenção e com esse gesto perpetua esta sábia tradição.
Mulher virtuosa quem a achará?
Abre sua mão ao pobre e a estende aos necessitados.
A força e a honra são seu vestido, e se alegrará com o dia futuro.
Abre sua boca com sabedoria e a lei da beneficência está na sua língua
Quando se cala a Terra treme e clama por sua energia sagrada.
Ah! Mulher virtuosa quem a achará? O seu valor muito excede ao de rubis.
Danielle Carmo


Meia idade feminina

(Luciane dos Santos Bezerra)

Na meia idade e ainda imatura?
O medo de se revelar circunda a vida?
Tantas cicatrizes de uma batalha dura
Entre o eu autosuficiente e a frágil desprotegida.

Ser suave e doce não é senão loucura
Num mundo que nos exige ser atrevida?
Disfarçar a insegurança com uma armadura.
Revestir-se de músculos, ser destemida.

Peitar o cotidiano, só com bravura
Ante as vicissitudes, ser criativa
É multifacetada essa criatura
Como se multiplica e é pró-ativa.

Do belo me afastei e da candura
A dor me parecia ser merecida
Foi-se de mim minha essência, alma pura
Deixando-me inerte e desvanecida.

Porém, eu não me abato com agrura
Ao contrário, ergo-me fortalecida.
O feminino é belo, é forte, é cura
Não é tão fácil dar-me por vencida.

Do que vivi eu tenho a fatura
E não esqueço de ser agradecida
Por uma alma que não cabe na estatura,
Pelo desejo de amar e ser evoluída.

O meu cabelo do rosto a moldura
Enfeita o que de mim se exterioriza
Meu ser inspira o homem à postura
Viril, forte e que se valoriza.

Não é com pressa que se faz a ruptura
Com os costumes e idéias imperativas
Cabe a nós o combate à ditadura
Conquistar o pleno ser e prosperar na vida.

Por ora, afasta-se a noite escura
E rompe o sol do dia pra nossa lida
Construir um mundo com a doçura
E com delicadeza gerar a vida.


Luciane dos Santos Bezerra



Quem sou eu?
Sou mulher. Mas, não sou uma mulher qualquer... sou uma deusa.
Posso passar por ti como uma brisa, com tanta leveza...
Posso passar por ti como fogo, aquecendo cada canto da tua alma...
Posso passar por ti como água, lavando e purificando...
Posso ser terra conectada com o que há de mais sagrado, posso dar vida, posso nutrir.

Sou mulher... sou deusa....

As minhas curvas, o meu olhar, o meu toque, não são apenas caprichos da criação, não são meras distrações. Nada em mim é por acaso. Comigo sentirás a alegria de cada descoberta afinal não sou uma reta. Os passos serão ternos e profundos, possível apenas para quem tem sempre um novo olhar. E assim, sua alma será tocada...

Sou mulher.... sou deusa...

Adriana de Fátima Rodrigues